10 de março de 2010

CampoReal: Cinco estrelas no Oeste

Fica em Torres Vedras, abriu em Agosto de 2007 e é a primeira e única unidade hoteleira de cinco estrelas naquela região.

De Lisboa até ao primeiro e único hotel de cinco estrelas em Torres Vedras demora-se pouco mais de meia hora, sem desrespeitar o código da estrada. A viagem pela A8 (saída Torres Vedras Sul) é menos poética do que pela estrada antiga, mas consideravelmente mais rápida.

Deste resort aberto no primeiro de Agosto de 2007 não faz só parte um hotel cinco estrelas. A este, há que juntar as vivendas geminadas e os apartamentos, para comprar ou simplesmente passar uma noite. Outros pretextos de peso seguem já de seguida.

O nome diz tudo:
Que estamos no campo ninguém duvida. O que nem todos sabem é que estas terras foram uma antiga zona de caça real. Com o apagar da monarquia chegou a mãos de particulares que aqui investiram. Um facto histórico que hoje não passa de uma recordação, já que edificações desse tempo são escassas.
Actualmente, não é permitida a caça nestes terrenos, mas outros entreténs podem ser experimentados como o não menos "nobre" golfe.

A academia ensina o b-a-ba da modalidade mas os mais experientes vão directamente para o green.
O campo - projectado pelo conceituado Donald Steel - já existia desde 2005. Estende-se por entre as muitas habitações particulares e termina junto ao hotel, em frente ao Clubhouse, onde se encontra o buraco 18, e, a acompanhá-lo, uma esplanada.

Contará ainda a favor deste hotel a escola de equitação (do básico ao avançado, para miúdos e graúdos) que, apesar de não ficar dentro do empreendimento, está lá muito perto.
Miguel Athayde, cavaleiro experiente, e sua mulher, a quem todos chamam Cuca, mantêm as rédeas da gestão deste espaço. Picadeiro coberto com serviço de cavalos apenso, pista para saltos de obstáculos e serviço de hipoterapia - destinado a pessoas com deficiências motoras e psíquicas com vista à sua reabilitação - são outras mais-valias. É com emoção que ouvimos os donos falarem destes casos de sucesso.
Depois de um passeio a cavalo (sempre com acompanhamento), é bem possível que não queira sair do resort, nem sequer por causa de uma refeição. Nestes casos, os três restaurantes poderão ser boas alternativas.

O elogio da mesa
O fim da tarde pede por um chá e a noite propriamente dita por um cocktail no bar de inspiração inglesa. Insistimos no chá porque a selecção é das melhores que já vimos. Sugerimos o chá branco envolvido em folhas de jasmim (cozido à mão) que, quando recebe a água à temperatura indicada, "desabrocha".
O kit - próprio para esta bebida e servido numa espécie de bandeja - é composto por cinco peças onde está incluído um copo duplo (sem asas) para não haver o perigo de se queimar.

À noite, a "Grande Escolha" já é outra: o restaurante à la carte do hotel, ao qual deram esse preciso nome. Serra e algum verde estão à vista sem ser preciso sair de um dos 70 lugares, número que corresponde à sua lotação interior. A uma grande escolha obedeceu também a selecção da garrafeira, com vinhos, não exclusivamente, mas sobretudo, portugueses.
A cozinha - totalmente aberta para a sala - permite que olhares curiosos vejam a elaboração dos pratos. Marlene Vieira, a chef responsável pelo restaurante, ganhou em Outubro de 2009 o 1º prémio do Chefe Cozinheiro do Ano (etapa regional norte-centro).

Para outras vontades, existem mais duas sugestões. Com cozinha rápida e atento às necessidades dos jogadores, está o Clubhouse. O Restaurante All Day Dining serve almoços e jantares em regime bufett, assim como os pequenos-almoços com uma variedade digna de um cinco estrelas.

Campo q.b.
No que à decoração do hotel diz respeito, a ideia de que um resort no meio do campo tem de ser rústico cai aqui por terra. Campestre sim, mas contemporâneo e atento aos pormenores. O mesmo estilo é transversal às suites duplex e às corner suites, duas formas diferentes de ficar no CampoReal.
Atoalhados de algodão macio abrigam- -nos após o banho ou duche, porque em cada quarto existem as duas hipóteses. Pormenor curioso, as persianas de madeira fixas que, quando abertas, comunicam com a casa de banho deixando antever os lavatórios duplos. Uma nota ainda para os quartos ligados entre si para os que viajam em família.

Para terminar em beleza
De um sítio destes, só falta falar do DiVine Spa. Neste espaço de 700m2 espalhados por três pisos está inserida uma piscina interior com 20m de comprimento, sauna, banho turco e um jacuzzi panorâmico com capacidade para seis pessoas.
Há ainda a hipótese de usufruir de massagens de corpo e de rosto com produtos à base de vinoterapia numa das nove salas dedicadas a tratamentos. Um local para partilhar com os amigos, mas também vale ir a dois.

in OJE

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